Projeto de Espaços para Cultura

Todo assentamento humano produzido por meio da técnica é uma obra de arte e, como tal, uma manifestação cultural. Heidegger lembra que em grego a palavra para “produção” é poiesis e que, por isso, a técnica é poética.

A partir desse pano de fundo conceitual, o objeto do curso é o edifício entendido como obra de arte que se manifesta, através de sua implantação, na recomposição, da qual participa, da cidade, igualmente entendida como obra de arte, como a conceitua G. C. Argan.

O foco do curso se deposita no modo como o programa do edifício produz eventos (Tschumi) que polarizam ou interferem nos eventos da vida cotidiana do contexto em diferentes escalas e no modo como suas estruturas arquitetônicas recompõe a paisagem urbana igualmente em diferentes escalas.

O objeto do exercício é sempre uma composição arquitetônica e paisagística em uma escala micro-urbana inserida em um contexto de expressivo valor histórico e cultural.

O curso segue o desencadear natural do desenvolvimento de um projeto desse porte:

– eleição, reconhecimento e análise do terreno, das pré-existências, de seu entorno imediato e das relações deste último com os contextos paisagísticos e urbanos nos quais ele se insere em diferentes escalas.

– construção de um programa de usos consistente com o lugar e com as tendências contemporâneas (Bernard Tschumi, Rem Koolhaas, Guilherme Lassance) do pensamento sobre o problema dos usos em sua relação com as estruturas físicas do edifício.

– resolução dos problemas fundamentais de inserção e implantação por meio de análises gráficas e maquetes volumétricas inseridas na maquete contextual.

– Resolução esquemática dos problemas de acesso, distribuição vertical e horizontal de circulações e zoneamentos dos usos.

– composição das plantas, fachadas e cortes considerando os planos programáticos e estruturais e com a resolução dos problemas de materialidade e composição estrutural decorrentes.

DOCENTE ATUAL