Fuga-não-fuga

Fuga-não-fuga: O patrimônio como válvula de escape

Natalia Castro

O território-entorno do IFCS e da quadra entre a Rua do Teatro e da Rua Sete de Setembro como paradigma de um entrave: no antigo lugar-limite da cidade, encontram-se situações incontestáveis: o projeto do Corredor Cultural é incontestável, os grandes equipamentos, limites dos lotes, das quadras, das praças, igualmente incontestáveis. Como partir da produção de uma camada arquitetônica contemporânea que discuta essas questões e que se coloque como mediadora das relacões entre o que é público e o que é privado, o que é permanente e o que é efêmero, o que é “realidade” e o que é ficção?

Proponho nesse trabalho uma releitura da forma preservada no Centro do Rio de Janeiro, deixando de lado a estética das fachadas e dos telhados e atentando mais para os seus alinhamentos, seus ritmos, a proporção estreita e profunda de sues lotes, a escala mais baixa e a sua materialidade homogênea. Como em um processo arqueológico, onde a principal operação é a escavação, aqui a discussão gira em torno da revelação da dimensão construtiva e da produção espacial do território, revisitando o patrimônio por meio de atravessamentos do presente, e fornecendo assim, subsídios para novas perspectivas estéticas, políticas, sociais e culturais.

Fuga nao fuga_4
Fuga nao fuga_5
Fuga nao fuga_3
Fuga nao fuga_2
Fuga nao fuga_1
Fuga nao fuga_6
Fuga nao fuga_7
Fuga nao fuga_8
Fuga nao fuga_9
Fuga nao fuga_10