Infraestrutura monumento paisagem
Igor Machado
“Certa vez, uma cidade foi dividida em duas partes…” Uma onde seus monumentos naturais alcançaram status sublime e outra onde foram deixados à banalidade, nas duas realidades, a arquitetura não era canal de uma experiência sublime.
Pensando no sublime como uma quebra do vazio cotidiano, este trabalho procura combater os efeitos da expansão genérica dos centros urbanos, que nos atinge há mais de 100 anos, e como antídoto usar monumentos banais, com seus potenciais estranhamentos, na construção de uma possível experiência sublime na paisagem periférica carioca.
A questão particular do Rio de Janeiro é sua paisagem natural, que apesar de estar presente em diversos pontos de seu território, tornou-se ícone somente na periferia rica, enquanto na periferia pobre, seus monumentos naturais tornaram-se banais.
Olhando para caso da Pedreira de Turiaçu e a faixa de transmissão de Energia que passa ao lado, se descobre uma nova oportunidade de interpretação desse território. Uma faixa que opera em outra dimensão, a não cotidiana, marcada pela sua extensão e aspira por uma experiência monumental, que hoje não é acessada pela sua vizinhança. “Esta faixa de intenso desejo metropolitano é como uma pista de aterrissagem para a arquitetura de novos monumentos coletivos”