Igor de Vetyemy

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Visão

A Arquitetura e Urbanismo são – ou deveriam ser – a materialização física e dialética de todos os anseios de uma sociedade, dentro de um determinado contexto cultural-geográfico-histórico-sócio-político-econômico-físico-filosófico-artístico-metodológico-técnico-tecnológico. Ao mesmo tempo, o campo expandido da Arquitetura e do Urbanismo se constitui como uma ferramenta primordial para a transformação e evolução desse contexto e, por consequência, para a transformação e evolução da própria sociedade. Existe um caráter simbólico, emocional, que deriva dessas tantas camadas que compõem a Arquitetura e o Urbanismo e que torna essas disciplinas tão instigantes. Nosso campo do conhecimento não é composto apenas por edifícios e praças, paredes, portas, janelas e telhados. A arquitetura, definida por Goethe como música petrificada, tem esse componente artístico, compositivo, mas tem também muito mais. É um campo que agencia o espaço e tudo que o compõe. As sensações, os sons, os cheiros, a temperatura, o conforto, a segurança… Ela envolve, quando bem resolvida, todos os sentidos de uma pessoa, altera sua percepção, seu humor, suas sensações e emoções. Por isso transformar um espaço em um lugar é uma tarefa tão delicada, que precisa de muito mais do que técnica. Precisa de uma compreensão sensorial, subjetiva, poética daquele determinado contexto e de seus reflexos quando confrontado com determinado programa, destinado a determinado usuário, sob as premissas de determinado conceito.

Fiz do ensino e da pesquisa em Arquitetura e Urbanismo minha profissão e minha missão por acreditar no poder e na necessidade de colaborar com o diálogo que potencializa essa ferramenta tão cara à sociedade, especialmente a uma sociedade como a nossa, onde falta tanto do básico para que toda a população tenha direito à cidade, à civilidade, à dignidade. E por ser um campo que envolve um alto nível de subjetividade, em tantas camadas, a Arquitetura e Urbanismo demandam uma uma compreensão, uma aproximação, também subjetiva em diversas camadas, como dizia Nietzsche: “Quanto mais abstrata for a verdade que queres ensinar, mais tens que seduzir os sentimentos a seu favor”.  Acredito que só a partir da constante investigação coletiva, colaborativa, com enfrentamento de ideias e troca de percepções, experiências e compreensões diferentes, podemos evoluir nessa eterna busca pela construção de um espaço, teórico e físico, mais eficiente e confortável, mais justo e igualitário, mais sustentável e mais digno. Por isso, em sala de aula procuro estimular um ambiente sempre colaborativo, onde todos participam das discussões de cada trabalho, de cada projeto, de cada investigação que cada disciplina se propõe a estabelecer. Valorizo a troca de experiência entre os campos acadêmico e da prática profissional, que devem se retroalimentar e tornar a discussão, sempre que possível, mais profunda e mais real, embora ela não possa deixar de ser, sempre, questionadora e investigativa.

Disciplinas

Concepção da Forma Arquitetônica II | 2018.2 – 2019.2
Estratégias de Concepção do Edifício Contemporâneo | 2018.1
Projeto de Arquitetura II, Ateliê Integrado I | 2018.1
Projeto de Arquitetura I | 2017.2
Projeto de Interiores | 2017.2
Concepção da Forma Arquitetônica I  | 2008.1

Bio

Atual Diretor Nacional da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo, além de Conselheiro Estadual e Coordenador de Cursos do Instituto de Arquitetos do Brasil-RJ. Graduado com Louvor pela UFRJ em 2005, fez pós graduação no departamento de educação continuada da Universidade de Oxford, na Inglaterra e completou Mestrado, também com louvor, na Universidade Técnica de Delft, na Holanda, em 2012.
Dirigiu, de 2014 a 2017, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estácio de Sá, onde coordenou também a área da Indústria Criativa, que engloba 15 cursos da Universidade nas áreas de Design, Arquitetura, Comunicação e Artes. Coordenou workshop sobre Urbanismo espontâneo no MAM durante o Fórum Internacional de Arquitetura e Urbanismo Rio Academy e participa da organização, desde 2016, do Seminário, Concurso e Exposição anual sobre a produção das universidades em Habitação de Interesse Social no IAB. 

Fundou seu escritório em 2006, onde projetou e construiu inúmeros projetos residenciais, comerciais e institucionais, sendo convidado pela Embaixada Brasileira a representar a arquitetura de vanguarda do país, em 2008, no Festival de Arquitetura de Londres. Entre menções e prêmios conquistados, destaca-se o Prêmio Principal do concurso “Edifício do futuro”, conferido pelo Instituto de Arquitetos da Holanda (NAI) em  2012 ao seu projeto “Underground canal houses”, em Amsterdam. 

Atualmente leciona disciplinas de Projeto e Teoria da Arquitetura e Urbanismo nos cursos de graduação da FAU/UFRJ e da Universidade Estácio de Sá, onde também leciona na pós graduação em Projetos de Edifícios e Cidades Sustentáveis e faz pesquisas ligadas à memória (especialmente à memória indígena e à memória Modernista) e ao futuro das nossas cidades (especialmente às respostas ao aumento da população das grandes cidades e à saturação de seus tecidos urbanos; ou, em outras palavras, à necessidade de investigar maneiras alternativas para que o inevitável adensamento produza um espaço urbano com mais qualidade do o atual).

 

PIN - Projeto de Interiores​​

Contrailers: Praça de alimentação da FAU + banheiros públicos

Exercício em dois tempos:

O Luxo material (orçamento ilimitado)

O Luxo espiritual (orçamento zero)

Visita da UFRJ à Aldeia vertical

Artigos

O futuro das nossas cidades

Catálogo Simbioses Urbanas no Mundo