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MUSEU DA DEMOCRACIA: A Praça como Museu.

O aluno da FAU UFRJ, Arthur Frensch, recebeu Menção Honrosa no 4º Prêmio Cura, com o tema Museu da Democracia. O projeto abordou questões levantadas pelo aluno na disciplina Projeto de Arquitetura 04, e foi orientado pelos professores Juliana Sicuro, Andrés Passaro e Alfredo Luz.

Nesses momentos onde a democracia brasileira é fortemente confrontada com os resquícios de uma sociedade escravista, colonizada e opressora, os espaços de exercício da democracia e reivindicações populares tornam-se essenciais para tensionar as relações de poder e segregação presentes no cenário brasileiro. Com isso, o projeto se justifica no olhar para as fissuras e vazios desse passado buscando desconstruir simbolicamente tais marcos opressores.


O Museu da Democracia está localizado na Praça XV, Rio de Janeiro. Atualmente reconhecida como espaço de manifestação e eventos culturais, a praça já foi sede do reinado e principal ponto de desembarque de africanos escravizados do país.

O projeto acontece em 03 estratégias:
01. o hackeamento do Paço Imperial;
02. o Anexo da Praça;
03. a Galeria;


Para hackear os espaços internos do Paço propõe-se um novo acesso – desligado das lógicas do edifício – através das sacadas do primeiro e segundo pavimento e também a edificação de seu pátio interno – de seu vazio.


O Anexo da Praça – onde estará a exposição permanente juntamente com a administração e o acervo – é implantado alinhado e enquadrando o Paço Imperial em seu pilotis.


A Galeria é a peça chave do projeto, ela se relaciona diferentemente a cada elemento que conecta. Em uma ponta ele hackeia as salas de exposições do Paço, e na sua outra serve de apoio tanto à Praça, com o telão para eventos, quanto ao Anexo com a circulação vertical e banheiros.


Essas estratégias trabalham como plugins que auxiliarão na reprogramação e ressignificação desses espaços, com fissuras e vazios em sua história, onde o Paço se torna o interior da praça, e a Praça o Museu.